Confesso que tudo em minha vida tem uma lente de aumento acima. Coisas aparentemente pequenas, tornam-se, inevitavelmente, grandes acontecimentos. Isso, na maioria das vezes gera decepções, graças a grande expectativa criada para tudo. No entanto, existem momentos que superam surpreendentemente toda a minha previsão dos acontecimentos, de forma positiva.
Ontem nos apresentamos no Galpão Cultural 2011. De todas as edições que já participei, essa, sem dúvida, teve um sabor especial, e ficou marcada!
Acreditar se torna mais fácil quando existem pessoas que caminham conosco nessa mesma idéia. Ontem, pude perceber que não são poucas as pessoas que apostam em nós, que nos defendem, e querem o nosso sucesso.
Nossa apresentação começou as 22h, e fomos apresentados por Tadeu Oliveira, o responsável por eu ter chegado aos palcos, e que hoje me acompanha e me apoia em toda essa caminhada. É sem dúvida, um grande parceiro nessa caminhada.
Fiquei tímida com tantos elogios tecidos por ele ao falar do meu trabalho! O texto da apresentação foi divulgado em seu blog, Canta Minas:
"O palco do Galpão Cultural Dete Sampaio recebe hoje, na minha opinião, uma das melhores revelações musicais de Capelinha e região. Tenho certeza absoluta de que ainda haveremos de ver essa menina despontar para o cenário da música mineira por se tratar de uma excelente cantora e compositora..."
Mais um motivo para tornar a apresentação especial, foi a presença de meu grande amigo, produtor musical, arranjador, violonista, guitarrista, compositor, Homero Kaú! Participando pela primeira vez do Galpão, ele nos deu a honra de ouvir algumas de suas composições, como "Luísa", "Por Ela" e " Azar o Seu".
Tudo que eu possa dizer, não é suficiente pra fazer entender o quanto me sinto privilegiada em ter alguém de tanto talento ao meu lado, me ajudando a crescer, a aprender, e a chegar cada vez mais perto do meu ideal, que é fazer com que nossas canções cheguem cada vez a mais pessoas. Sou muito feliz por poder, antes de qualquer coisa, chamá-lo de amigo!
E por falar em talento e amizade, esse ano, mais uma vez, dividi o palco com Dênnis Batista e Júlio Penna! Dênnis, que além do sax, apresentou-se também no violão, apesar de sua insegurança, é sempre impecável em suas participações, que esse ano, foram merecidamente maiores.
Júlio tornou nosso show ainda melhor. Grande percussionista e parceiro! Ele já me acompanhou em outras apresentações, como no Festivale/2008 e Galpão/2010, e dessa vez, veio nos emprestar o seu talento em um show no qual priorizamos nossas canções autorais.
Uma apresentação feita com muito carinho, e recebida por pessoas de suma importância em nossas vidas! Além dos amigos que estavam no palco, nos assistiam outros grandes amigos, como Pedro Oliveira, filho do meu pai cultural, que veio de BH para nos ver, Cláudia Júlio, uma nova grande amiga que ganhei, Douglas Lima, com quem dividimos algumas histórias e canções durante a tarde, Kênnya Amorim, que nos acompanha todos os anos no Galpão, na primeira fila... Foi muito bom ver amigos que há muito tempo eu nâo via, como Alexandre Macedo, sempre acompanhando nosso trabalho mesmo que a distância, Maelson Rocha que demonstra sempre tanto carinho com nossas canções... Além de tantas outras pessoas que sempre estão conosco, como Edelvan Alves, Pedro Santos, Cláudia Amaral, Silvana, Michelle Rocha... Sou muito grata pela fidelidade de vocês, e espero poder vê-los sempre em nossas apresentações, com essa energia que nos impulsiona, nos convencendo de que estamos no caminho certo.
De todas as alegrias que a nossa participação no Galpão poderiam ter nos trazido, indiscutivelmente, a maior delas se resume em uma palavra: FAMÍLIA!
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Odete e José, pais de Homero Kaú. |
Não acredito que eu seja a melhor pessoa para expressar sentimentos, mas foi único ver meu avô, Ulisses Batista, bem em frente ao palco, com toda a família, pra nos assistir. Eu me lembrei das histórias que ele contou, do tio que tocava pistom, do pai que tocava acordeon, do sonho que ele tinha que alguem tivesse gravado sua composição no bandolim... De crescer vendo ele sair com o grupo de seresta pra tocar... E tudo aquilo me fez mais forte, porque me senti amparada.

Eu vou guardar esse dia, em que a microfonia as vezes quis roubar a cena, mas não imagina a força do meu santo e de quem me acompanha!
Muito obrigada a todos!
Música e Paz!
Maria Letícia