domingo, fevereiro 13, 2011

Boneco de Pano

   Eles já estiveram em Capelinha/MG por três vezes. A primeira, em janeiro/2009, na "Festa Hippie". Mas foi somente na segunda apresentação, em julho do mesmo ano, que tive a grande honra de assistí-los, na abertura do já tradicional "Galpão Cutural".
   Um espetáculo! A união do que há de melhor na música popular brasileira com teatro, arte circense e poesia. Me arrependi por ter perdido o primeiro show, mas fiquei muito feliz por terem voltado. Não pelo simples fato da oportunidade de conhecer o trabalho deles, mas porque, se voltaram, houve aceitação do público. E acredito que todo movimento cultural é muito bem vindo, em uma época de supervalorização das "culturas" de massa. Acontecimentos como esse me fazem recobrar a fé, acreditar na arte como possibilidade de rever conceitos, numa descoberta da própria identidade.
   Por algumas vezes, fui convidada a prestigiá-los em shows que aconteceriam em Belo Horizonte/MG, mas as datas sempre coincidiam com apresentações que eu faria, também.
   Tive então, o prazer de vê-los em minha cidade mais uma vez, no Capelinhense Ausente/2010. Dessa vez, em um grande palco, a altura do talento inenarrável deles! Uma data que guardo com imenso carinho. Nos encontramos após o show, conversamos um pouquinho, e foi uma troca de energia fantástica!  Além do mais, o primeiro nariz de palhaço daquele show foi, acidentalmente ou por sorte, meu (rs)! E guardo como recordação de um momento muito bom, por ter apreciado de perto tamanho talento, e feito grandes amigos!
   Eu não poderia deixar de convidá-los ao nosso espaço, pois são a mais pura expressão do que propõe o Mosaico Cultural. Sinto-me honrada em levar até vocês um pouquinho da arte, do talento, da pureza desses meninos - bonecos, desses bonecos de pano e de alma luz!

"A alegria vem através de poesias cantadas
vem de panos que são bonecos
vem de línguas que são de trapo
vem de música e de teatro
Vem de Minas para os Gerais
Trazendo e levando panos culturais"
(Maryanna Assis)

   Os bonecos de pano são uma das mais antigas expressões culturais da humanidade. Dizem que os primeiros surgiram na África. No Brasil, ganhou popularidade entre as crianças pobres, tornando-se objeto da arte popular. O grupo mineiro, como o brinquedo, traz, de forma lúdica e poética a magia das cores através de sons e performances. O espetáculo conta com a maturidade e musicalidade de seus artistas, malabaristas, atores, músicos e poetas que unem em um verdadeiro "liquidificador inteligente" e multicultural uma infinidade de gêneros e rítmos, ligados a intervenções teatrais e circenses. Muito surpreendem pela presença de palco, energia e sensibilidade. O grupo, formado em 2007 por Vitor Soares (Voz e Violão), Daniel Cosso (Bateria e Voz), Mou Freitas (Baixo e Voz) e Lenne Moreira (Percussão), que, para dar vida aos bonecos uniram música a magia do Teatro e do Circo e convidaram para a formação da trupe, os atores circenses Roberto Mamedes, João Cezar, Lucas Pradino, Rodrigo Ferrari, Ana Reis e Anderson Martins. Em pouco tempo resolveram abrilhantar ainda mais os arranjos musicais do espetáculo e convidaram o grande trompetista Maciel de Brito, que ao longo de sua carreira já se apresentou com famosos artistas da música popular brasileira pelo Brasil e pelo mundo, chegando assim ao formato ao qual o Boneco de Pano se apresenta hoje. O roteiro do espetáculo é baseado no "nascimento" do boneco, a descoberta, a vida. O grupo pesquisa o que há de melhor da nostalgia e poesia de autores da música popular e de poetas contemporâneos do nosso país. A trupe retrata marchinhas carnavalescas, cantigas de roda, frevo, fala sobre as vertentes do samba e com essa mistura alcançou o singelismo costurado a força da música brasileira em suas próprias canções intituladas: Carnaval do Futuro (Vitor Soares), Pra Girar (Vitor Soares), O Segredo (Vitor Soares/ Daniel Cosso/ Mou Freitas), Meus Olhares (Vitor Soares), dentre outras que o grupo vem trabalhando em estudio para o lançamento do seu primeiro disco em 2011.

Jeito Xadrez entrevista o grupo Boneco de Pano.

JX: Quando e como surgiu o grupo "Boneco de Pano"?
BP: Foi em 2007, quando eu (Vítor Soares), Mou Freitas e Daniel Cosso queríamos formar uma banda de samba rock. Só que isso já estava bem clichê na grande BH, e então chamamos Lenni Moreira e a trupe de teatro para fazer algo diferente, que despertasse imaginação na platéia. Surgiu assim, o "Boneco de Pano", que já passou por algumas mudanças desde o início.

JX: Acredito que seja inevitável associar o trabalho de vocês ao grupo paulista "O Teatro Mágico". Existe alguma relação, eles foram influência para vocês?
BP: Muito engraçado dizer isso, pois parece até mentira. Já tínhamos ouvido falar, mas o "Boneco de Pano" foi conhecer o trabalho do "Teatro Mágico" quando o espetáculo "Alegria e Poesia" já estava formado e executado em vários shows.

JX: Por que o nome "Boneco de Pano"?
BP: (Risos) ... Era o apelido de um dos integrantes do grupo, o Lenni (percussionista). E também porque tinha haver com a questão arte cultural, pois boneco de pano reflete magia, infância, histórias, etc...

JX: Embora muitas pessoas pensem o contrário, o show de vocês não é somente para crianças. Aliás, o número de pessoas que acompanha o trabalho de vocês é enorme, e não se limita a nenhuma faixa etária. Ao que você atribui essa relação de cumplicidade do público adulto com vocês?
BP: Acho que todo adulto quer ter a criança que existe dentro dele de volta, e o nosso show lhes dá a oportunidade dessa "viagem".

JX: O repertório do show é bem popular. Músicas consagradas do cenário musical brasileiro. Quem são suas influências?
BP: Aconteceu uma mistura de influências, pois eu (Vítor Soares) adoro música brasileira antiga e os outros integrantes também. Formamos o repertório juntos e as influências são muitas: Jackson do Pandeiro, Chico Buarque, Secos e Molhados, Gilberto Gil, Caetano... Os grandes compositores de marchinhas carnavalescas como Joubert de Carvalho e Chiquinha Gonzaga, entre outros.

JX: Você (Vítor Soares) comentou, após o ultimo show em Capelinha/MG, sobre o fato de ser a primeira apresentação dos Bonecos com aquela grande estrutura. Vocês tem mais facilidade de trabalhar em espaços menores? Ou tem como objetivo, de fato, fazer com que a apresentação cresça em elenco e estrutura?
BP: Bom, a estrutura favorece muito para uma boa apresentação do espetáculo/show, mas trabalhamos sim em espaços menores. Acho que para a apresentação crescer em elenco e estrutura, só o tempo poderá nos dizer.

JX: Vocês estão atualmente em estúdio. Quando surgiu a ideia de fazer o disco?
BP: Quando as pessoas que nos acompanham começaram a cobrar músicas próprias para serem ouvidas na Web. Hoje, para o "Boneco de Pano", não faz sentido continuarmos sem divulgar nossas próprias canções.

JX: Estão regravando algo ou será um trabalho autoral?
BP:
Talvez o disco saia com alguma coisa de domínio público, como "Sambalelê", mas até então, a idéia é de um trabalho autoral.

JX: Como foi para o grupo comemorar 03 anos de história?
BP: Muito mágico!! Percebemos que a cada ano o "Boneco de Pano" amadurece, e este amadurecimento está nos levando a uma grande história musical, teatral, poética e circense.

JX: O que o grupo tem reservado para 2011, quais os planos?
BP: Além do disco, o lançamento do site, blog, MySpace... Toda essa mídia digital, para que todos possam conhecer o traballho do "Boneco". Estamos acabando a edição de um vídeo institucional sobre o espetáculo que gravamos no aniversário em BH. Já temos três músicas próprias gravadas ao vivo na Utópica Marcenaria, audio que iremos adicionar no vídeo. Acabamos de sair do estúdio de fotografia! Estamos preparando multimidias com fotos, video, música, reliase, clipings... Esse material fica pronto junto ao vídeo (imagino que em um mês), material muito bonito!

JX: Alguma novidade para os shows?
BP:
Sim!! O guitarrista Marcílio Dias fez a temporada final de shows em 2010, e agora também na temporada 2011, tanto na gravação do disco quanto na turnê que está por vir. Estamos preparando todo o material para o tour 2011, nova roupagem!

JX: Em 2011 continua o "Alegria e Poesia" ou vem um novo espetáculo?
BP: Continua "Alegria e Poesia", porém um pouco mais elaborado. Novo cenário, novo figurino, novas canções. Mas a concepção é a mesma.

JX: Em que se inspira o figurino dos "Bonecos"?
BP: Em cores terra, QUENTE!! Na comédia de'll Arte, e em bonecos (risos).

JX: Vocês tem planos para algum projeto socio cultural vinculado ao nome "Boneco de Pano"?
BP: Sim, com certeza! A idéia é levar o projeto para todas as idades. Com oficinas de circo, teatro e música.

JX: Qual o grande desejo, o grande sonho em comum dos Bonecos que ainda não foi realizado?
BP: Seria compartilhar o espetáculo "Alegria e Poesia" com canções próprias pra toda Minas Gerais e, consequentemente, para o Brasil.

JX: Nós do "Jeito Xadrez" agradecemos imensamente pela atenção... Estamos esperando ansiosos pelas novidades. Desejamos que todos os projetos do grupo se realizem. Muito sucesso, Música e Paz!
BP: Agradecemos de coração pela entrevista e que vocês possam ter muito sucesso com o blog e com seus projetos culturais. Grande abraço!

Saiba mais sobre o trabalho do "Boneco de Pano" através do orkut do grupo!


Entrevista realizada com Daniel Cosso e Vitor Soares.
.

sábado, fevereiro 12, 2011

Marisa D'Carvalho em entrevista, na Rádio Inconfidência



Adriana, Déborah Rajão, Weslaine e Marisa.

   No dia 10 de outubro de 2010, a musicista Marisa D'Carvalho,  integrante da banda que acompanha Maria Letícia, esteve no programa "Prosa de Mulher", na Rádio Inconfidência, em Belo Horizonte MG. Estiveram presentes, ainda, Weslaine Wellida Gomes (atriz), e Adriana Agostini (jornalista, advogada, taquígrafa e autora). Uma conversa descontraída sobre diversas vertentes da arte, através da música, teatro e literatura, englobando temas da atualidade.
 

   A conversa é competentemente acompanhada pela jornalista e radialista Déborah Rajão, que está também a frente do programa "Revista da Tarde".

Saiba um pouco mais:

  • Adriana Agostini: Natural de Juiz de Fora/MG. Graduada em Jornalismo e Direito, com especialização em Comunicação e Semiótica, e mestrado em Comunicação. Atuou profissionalmente na Rede Globo Juiz de Fora (Produção de Comerciais); Jornal Hoje em Dia (repórter de Economia); Sucursal do Jornal Estado de São Paulo (free lancer); Sucursal do Jornal Gazeta Mercantil (repórter) e Revista Vogue (free lancer). Foi também assessora de Comunicação do Sebrae Minas e professora de Jornalismo na Newton Paiva (2002 a 2008). Desde 2002 é taquígrafa da Assembléia Legislativa. Como escritora, lançou a pouco tempo o livro "Lésbicas na TV: The L World".


  • Marisa D'Carvalho: Mineira, natural de Carbonita/MG, solteira, sem filhos. Tem 25 anos, é empregada pública e musicista. Gerente de uma das principais agências de Correios da região Metropolitana de Belo Horizonte/MG. Apaixonada pela vida e amante da música. Para relaxar, gosta de compor, tocar violão e cantar músicas autorais. Integrante da banda Maria Letícia.







  • Weslaine Wellida Gomes: Natural de Ipatinga/MG, tem 23 anos, é solteira e não possui filhos. Está cursando o terceiro ano do Curso Técnico de Formação de Ator do Teatro Universitário da UFMG e também o nono período da graduação em Ciências Sociais.








CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista, na íntegra!



As fotos desse post foram retiradas do Blog de Déborah Rajão.



.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Vismundo

  "Veja bem o que está por vir! Não poderia ser..."  MELHOR!!!
  Tenho me surpreendido cada vez mais com a música independente vinda do nordeste brasileiro. E com eles não foi diferente.
   Descobri o trabalho da Banda Vismundo por acaso. A primeira vista, fiquei apreensiva, devido a classificação "indie rock". Não sei muito bem o que cada título do rock quer prenunciar, mas tenho uma certa resistência ao rock pesado. Foi só começar a ouvir para perder o "medo", e ter a certeza de que o trabalho deles ganharia um espaço enorme em meus dias!
   Música leve, de bom gosto e bem executada. Sem sombra de dúvidas, uma mistura em doses certas de talento e dedicação.
   Não poderia deixar de apresentá-los aqui no Mosaico Cultural, pela imponência e trabalho singular!
   Influenciados pelo Rock, Bossa Nova e Samba, surge a "Banda Vismundo", um grupo de amigos em torno de um projeto musical incipiente e experimental. O nome advém da obra literária "Uma Vida em Segredo", do autor mineiro Autran Dourado, em que Vismundo é o cachorro de Biela, protagonista da obra. A trajetória profissional do grupo iniciou-se em 2009 no Festival Rock Cordel, promovido pelo Centro Cultural Banco do Nordeste. Dali em diante, as oportunidades levaram "Vismundo" a mostrar a consistência do seu estilo em capitais como Fortaleza e João Pessoa. A idéia é fazer musica autoral expressando as influências e deixando livre o processo de criação.

Jeito Xadrez entrevista: Banda Vismundo.

JX: Sejam bem vindos ao Mosaico Cultural! É um prazer recebê-los no blog "Jeito Xadrez"!!
BV: O prazer é nosso. Estamos muito felizes com o convite do "Jeito Xadrez", e honrados com a oportunidade.

JX: Como surgiu a banda?
BV: A banda surgiu da evolução proveniente de outra já existente. Ronney fazia parte desta outra formação, juntamente com o antigo vocalista. Entretanto, com o amadurecimento dos integrantes e desprendimento da mentalidade para algumas coisas, a proposta se renovou e surgiu o projeto "Vismundo". Logo após, Emerson integrou o grupo e Alysson assumiu a guitarra base e voz.

JX: Qual a atual formação da banda?
BV: Emerson Marvin (baixo); Alysson Dreyffus (voz e guitarra base); Ronney Araújo (voz e guitarra solo). Estes são os integrantes da banda propriamente dita. Os outros músicos não integram o corpo do grupo, que são: baterista, trompetista e trombonista. Dependendo das circunstâncias e necessidades, esses sujeitos se modificam.
JX: Em algum momento vocês trabalharam interpretando canções de outros músicos, ou foi sempre um trabalho autoral?
BV: Trabalhamos sim. No início, nosso equipamento era precário, e todos os integrantes são estudantes universitários. Então, a própria música era a nossa fonte de prazer e de renda. Não tínhamos músicas autorais suficientes para montar um show. Hoje, com equipamentos e material de trabalho (músicas), podemos ficar a vontade para fazer um trabalho 100% autoral.

JX: Todos da banda compõem?
BV: Não. Os compositores, por enquanto, são Ronney e Alysson. Emerson possui algumas melodias, mas ainda não tivemos oportunidade de criar letras que as completassem.

JX: As músicas "Vaga Indecisão", "Boa Nova", "O Desapego" e "Gratidão" tem histórias que se seguem, como capítulos de uma mesma história. Elas são o resultado de uma mesma situação?
BV: Todas elas são composições de Ronney Araújo, mas acredito que a ligação que exista entre elas seja apenas involuntária em virtude de ser o mesmo compositor que as criou. "Vaga Indecisão" é a primogênita, feita em parceria com uma amiga nossa. "O Desapego" e "Gratidão" fazem parte de uma mesma época da vida de Ronney, e "Boa Nova" surgiu um pouco depois. Na verdade, nessa ultima não se trata do mesmo tema das outras três, mas esta é a magia da poesia: o momento dá o sentido às palavras e talvez ouví-las juntas desperte um certo desejo de assiciá-las. Não seria justo destruir a magia impondo as pessoas que a escutam o que o compositor (no caso, Ronney) quis dizer quando escreveu. (risos)

JX: Quais as influências musicais de vocês?
BV: Ah, são muitas as nossas influências! Todos crescemos ouvindo MPB. Alysson e Emerson possuem gostos mais afins; coisas como Zé Ramalho, Zeca Baleiro, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elis Regina... Certamente estão entre as listas de músicas deles. Já Ronney conhece tudo isso, mas sempre foi mais envolvido com o lado rock da coisa: The Beatles, The Strokes, Los Hermanos... Ouvimos muito samba e bossa nova também: Toquinho, Chico Buarque, João Gilberto, Vinícius... O samba e a bossa nova se intensificaram no estilo "Vismundo" após a entrada de Alysson, pelo timbre da voz, a forma de cantar e o apego ao que é genuinamente brasileiro. Esta influência trazida por ele estará muito mais evidente em duas das próximas canções que estão sendo gravadas atualmente.

JX: A literatura, além do nome da banda, influencia em algum outro momento do trabalho de vocês?
BV: Com certeza! Diria que a literatura está presente em todo momento das composições. Alysson cresceu ao lado de livros de poetas como Fernando Pessoa, Olavo Bilac, Vinícius de Moraes, e certamente o lirismo existente em nossas músicas é reforçado pelo apreço a boa literatura. O nome "Vismundo" foi encontrado por Ronney em uma das suas leituras.

JX: E o que os levou a adotar esse nome para a banda?
BV: Não procuramos a fundo o que Autran Dourado quis dizer com este nome. Em sua obra era o nome de um cachorro. Achamos interessante porque nos parece um neologismo que remete a visão do mundo, ou seja, o prefixo "vis", que significaria visão, mais a palavra mundo. É um nome que cai bem ao nosso objetivo de mostrar um pouco de nós, das nossas influências, do que o Nordeste possui de bom, através da nossa música.

JX: Vocês começaram o percurso profissional por meio de um festival. Como tem sido o trabalho de vocês, a divulgação, a recepção e reconhecimento das pessoas?
BV: Bem, como toda banda independente, eu diria que não tem sido fácil o trabalho e a divulgação, mas a recepção tem sido surpreendente!! Ainda procuramos participar de festivais que abrem espaço para o rock e contamos com o apoio de amigos produtoresque auxiliam abrindo espaços para "Vismundo". A divulgação tem sido feita principalmente pela internet, que é uma ferramenta poderosa. Pessoas por todos os cantos do país esperam ansiosas para nos ver tocando ao vivo, mas as oportunidades ainda são insatisfatórias.

JX: Como vocês veem essa possibilidade de chegar a tantos estados, somente por meio da internet?
BV: (Risos) ... Não vemos! Acreditamos que não existe esta possibilidade, por isto a procura de outras formas é indispensável. Estamos com apresentações confirmadas em Natal e João Pessoa para breve e certamente a partir desses horizontes surgirão outros. Mas confesso que não somos as pessoas mais indicadas para "fazer acontecer", afinal, o que sabemos fazer é música. Por isto a trajetória de uma banda independente é tão difícil. Mas nós temos fé (risos).

JX: Vocês já pensaram na produção do primeiro disco?
BV: O primeiro disco, a priori, será lançado virtualmente. Tudo indica que contará com 13 músicas e tudo será feito por nós mesmos, com exceção da parte de web designer. Por enquanto este é o nosso foco: trabalhar para construir as gravações o mais breve possível, lançar virtualmente o disco e divulgar o trabalho através de apresentações; primeiramente pelo Nordeste, e quem sabe, surgindo a oportunidade, no restante do país.

JX: Qual a expectativa de vocês com relação a um futuro próximo, para a banda?
BV: Em um futuro próximo, pretendemos ser reconhecidos nos estados do Nordeste, que ficam mais próximos ao nosso: Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Pretendemos fazer um bom número de apresentações em Recife, Fortaleza, João Pessoa e Natal nos próximos semestres. Já não sei mais o que dizer as pessoas que gostam da banda e moram nesses lugares (risos).

JX: Nós agradecemos pela atenção que vocês tiveram conosco, desde o primeiro contato para que participassem do Mosaico Cultural. Agradecemos pela entrevista, e deixamos aqui o convite, para virem divulgar o disco, quando estiver pronto! Desejamos sucesso, Música, Cor, e Paz!
BV: Foi realmente muito gratificante para nós, tanto pela amizade construida quanto pela entrevista em si, estar com o Mosaico Cultural. Esperamos estar em breve dividindo a alegria de ouvir o primeiro disco juntamente com vocês!

"O símbolo da banda é um cachorro, fazendo referência ao livro; com um chapéu, representando o samba e a bossa nova."

Para saber mais sobre o trabalho da Banda Vismundo, acesse: www.palcomp3.com/vismundo