quinta-feira, outubro 06, 2011

...3...2...1... Recomeço!

   Esqueça tudo aquilo que você sabe sobre Maria Letícia. A musicista há dois meses vem reestruturando seu trabalho ao lado de Homero Kaú, responsável pela produção e arranjos das composições, que unem irreverência e contemporaneidade a tradição que marca a trajetória desses músicos do Vale do Jequitinhonha. “Embora sejamos do Vale e tenhamos recebido forte influência cultural, nossa musicalidade foge ao regional. Nosso som hoje é o resultado das nossas mais diversas experiências musicais, o que torna difícil atribuir um estilo ao que fazemos. Mas acredito que isso nos permita definir de modo original nossa identidade, dando margem para o surgimento de novos contextos musicais.” – diz Letícia que, aos 21 anos, considera-se imatura e inexperiente musicalmente para optar por uma só vertente. “Ainda não ousei em todos os estilos. Acredito que ainda há muito que acrescentar nessa mistura, até que eu possa me dar por satisfeita. Vou fazendo alquimia e transformando o que vou aprendendo, em meu próprio gênero musical.” – completa, dizendo ainda que recentemente, tem gostado de bandas como Coldplay e Paramore.
   A banda está com novos integrantes. Marisa D’Carvalho forma com Letícia e Homero, um trio chamado por eles de “essência”, pois estão juntos desde o início do projeto, que esse mês completa dois anos. A início, fizeram algumas apresentações somente como trio, no entanto, após a apresentação no Lapa Multshow em abril/2010, com a participação dos percussionistas Sayle Winícius e Carlinhos Ferreira, sentiram a necessidade de uma “cozinha” na banda. Foram várias tentativas, várias parcerias com outros músicos, até que em maio/2011, Marisa também se afastou do projeto.
   Letícia e Homero continuaram trabalhando juntos, produzindo o EP “Jeito Xadrez”. Durante esse tempo, participaram juntos do Galpão Cultural em Capelinha/MG, em sua última edição. Aquela seria apresentação que fecharia um ciclo. Passariam então a dedicar o tempo exclusivamente a produção do disco, e voltariam aos palcos para o seu lançamento.
Luiz Felipe (baixo)
Débora Costa (percussão)
   Era chegado o momento de reformar a banda para a gravação das músicas. Seria necessária uma formação instrumental condizente a qualidade que desejavam lançar. Com Letícia no vocal e Homero na guitarra, convidaram os músicos Luiz Felipe e Débora Costa para assumir, respectivamente, o baixo e a percussão. Marisa voltou a ser a violonista do projeto, que já não seria mais apenas para a produção de um demonstrativo com cinco canções, mas um álbum, com 12 composições de Maria Letícia. “São dez anos compondo! Imagine quantas músicas estão guardadas esse tempo todo, esperando a oportunidade gravar?! O difícil foi escolher só 12... Mas foi bem melhor que escolher só cinco! (risos)” – brinca a vocalista.
   Entre as canções selecionadas para o disco, estão “Canção Por Nada”, escrita em parceria entre Letícia e Homero, e “Essência”, uma homenagem ao Vale do Jequitinhonha. “Filho da Zabumba” virá em dose dupla, ganhando uma nova versão em jazz que entra como faixa bônus no álbum. “Foi minha primeira composição, e esse ano completa uma década! Ela merecia uma posição de destaque.”
   Para quem acompanha o trabalho da banda, falta pouco para que tenham a possibilidade de conhecer mais do que esses “meninos de vinte e poucos anos” são capazes de fazer. Uma perfeita combinação entre bom gosto musical, talento e dedicação! “Estamos ansiosos pelo resultado! Por mais que a gente já cante essas canções há muito tempo, fica a vontade de ver tudo pronto. É gostoso ver as canções ganhando forma a cada ensaio... Mal podemos esperar para que as pessoas comecem a comentar sobre nosso disco! Queremos saber o que todos vão pensar, depois de todo esse tempo trabalhando pra fazer o nosso melhor!”


    
  • Para informações sobre ou reserva de CDs:
Twitter: @musicaepaz

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe-nos sua mensagem, seguida de seu e-mail.
(E-mail é opcional)