sábado, novembro 12, 2011

Uma Década!

   O mês de dezembro está chegando, e com ele datas muito especiais! É o momento de reencontrar as pessoas que gostamos, confraternizar com nossas famílias, agradecer pelas coisas boas que aconteceram durante o ano, e nos abraçar para suportar as perdas e os momentos difíceis, na certeza de que crescemos e nos tornamos mais fortes!
   Mas além das tradicionais festas, dezembro começará com dois importantes acontecimentos na minha vida, que virão juntos, No dia 06 de dezembro, é meu aniversário! E esse ano, terei um presente que me deixa muito orgulhosa: minha primeira composição, Filho da Zabumba, completa DEZ ANOS!!!
   Quando completei 12 anos, meu pai havia sido transferido para trabalhar em outra cidade, e foi quando morei algum tempo na casa do meu avô paterno, Ulisses Batista, que é meu maior exemplo!
   Um grande músico, que deu origem a uma família enorme e tradicional, de musicalidade ímpar! Cresci em meio a reuniões familiares regadas a muita música! De repente, diversos instrumentos surgiam de todos os lugares, como bichos que saíssem de suas tocas, e lá estavam todos: tios, tias, primos, primas... E o vovô... Dias inteiros de muita alegria, noites sem fim, eternizadas em fotografias como essa, de vovô e seu fiel companheiro de tantos anos: o bandolim!
   Quando me mudei pra casa do vovô, decidi aprender a tocar violão. Ainda me lembro da empolgação com que meu pai ouviu meu pedido, e na semana seguinte me trouxe um violão...
   Meu pai na época convidou sua colega de trabalho (hoje minha grande amiga com quem tive o prazer de dividir o palco tantas vezes), Dani Almeida, para me dar aulas de violão. Mas ela não pode e nos indicou Fábio Cordeiro, o Fabinho, que me ensinou meus primeiros acordes!
   Eu me lembro do vovô passando de cinco em cinco minutos na sala pra dar palpite na aula! E minha madrinha brigando com ele de vez em quando pra ele deixar o Fabinho me dar aula!! São lembranças muito especiais!
   Os primeiros acordes que eu aprendi foram Lá menor e Ré! Boa memória?? Não! Nada disso! É que de repente eu decidi tentar escrever uma canção, e eram esses os únicos acordes que eu sabia! E foram eles a base para construir minha primeira letra.
   Com meus doze anos recém completados, uma cabeça cheia de coisas, apenas dois acordes, e a musicalidade que nasceu comigo e que foi crescendo com a convivência familiar, escrevi  minha primeira canção: Filho da Zabumba!
   A letra fala de mim. Da minha visão de quem eu era naquele momento ("Eu sou assim, não posso ser ninguém! A hora que se foi agora vem. Mas não é hora de me apavorar! O tempo voa e agora eu vou voar...), da minha consciência de que havia muito o que aprender, descobrir e explorar a partir dali, tanto sobre a minha idade quanto sobre a descoberta do meu dom de compor ("Sou veleiro a velar"), das incertezas ("Pode ser que eu vá lá... Pode ser que eu fique aqui. Mas onde eu estou?"), da vontade adolescente de ousar ("Eu vou cair da ampulheta naquela duna de areia. Não! Não tente me pegar!"), da minha afinidade com a música e a cultura popular ("Sou o filho da zabumba") aliada a minha relação tão intima com o abstrato ("Sou a vela cor-de-rosa que ilumina todo o chão. Sou queda de cachoeira, sou o rio e corro em vão..."), que mais tarde se tornou um marco no meu jeito de compor, presente em boa parte das minhas composições.
   O tempo passou. Hoje, prestes a completar meus 22 anos, com quase 40 composições, fico muito feliz em relembrar tudo o que essa canção me proporcionou e o quanto ela tem significado na minha vida! Lembro quando um amigo me disse "Nem que você faça mil canções, você nunca mais vai escrever uma letra assim...". Hoje eu entendo o que ele quis dizer... Ela tem a pureza de um dom nunca antes explorado... Ela é mágica!
   Ela que ganhou sua primeira versão gravada (aquela disponível no player do início do blog!) em 2007, com arranjos de João Paulo Kazak. Teve seu grande momento em nossa apresentação no Lapa Multshow em 2010, já com Homero Kaú e Marisa D'Carvalho me acompanhando, e com a participação especial do percussionista Sayle Winícius... Ganhou uma homenagem em vídeo por Raul Ribeiro, com fotos de Kiu Meireles. Foi apresentada pela primeira vez com banda completa no Matriz, em Belo Horizonte/MG em agosto/2010. E atualmente com quase 8.000 downloads no Palco MP3!

Lapa Multshow, abril/2010.   

   Uma década... Um momento único! Que merece o que há de melhor para ser comemorado e lembrado pelos próximos dez anos! Há alguns meses de lançar nosso primeiro CD, já reservamos um espaço especial para "Filho da Zabumba", que virá em dose dupla no disco!
   Mas como a gente sempre faz MUITA questão de lembrar, relembrar, enfatizar, grifar, sublinhar, afirmar e reafirmar: Vocês são parte dessa história! Uma parte muuuuuito importante, afinal de contas, a gente apenas faz, e sem vocês para receberem o nosso trabalho, não seríamos ninguém!
   Então queremos convidar todos vocês a comemorar conosco, editando um vídeo muito especial! Queremos que vocês gravem vídeos cantando "Filho da Zabumba" e mandem pra gente! Pode ser tocando, a capela, dançando, com performance artística, sozinhos, acompanhados, e mesmo sendo desafinados!! Vamos fazer um único vídeo com um pedacinho do vídeo de cada um que nos enviar!!!

Mas atenção: Vamos escolher os vídeos melhores no que diz respeito a qualidade de imagem e áudio! Os vídeos devem ter imagem e áudio nítidos!!!

   Contamos com vocês para comemorar esse grande momento!

Um grande abraço,
Música e Paz!

Não sabe a letra? Clique aqui!
Envie seu vídeo para: marialeticia.contato@hotmail.com

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